quinta-feira, maio 26, 2005

Quando eu estava comentando com uma amiga minha...

...sobre o enredo da "ópera-rock" nova, ela me perguntou se não dava pra adaptar pra teatro e particpar do festival de esquetes q vai rolar em agosto. A idéia não é ruim. Lá vai mais uma parte atualizada:


E o que eu encontrei

Um dia eu busquei o azul além do céu
E a doçura além do mel.
Busquei o grito além da dor,
O desejo além do amor
E ir além de onde eu vou.

E o que eu vi foi a angústia além da espera,
O pedido além da reza,
O toque além da pele,
Mais que a nota que o maestro rege.

Vi a explosão antes do horror,
O horror antes da dor,
A dor antes do grito,
E a risada do inimigo só agora faz sentido

Eu busquei a luz além do dia,
Busquei vida além da vida,
Mas paixão além do ser...
Acho que é desejo de morrer.

terça-feira, maio 24, 2005

Mares novos


Tudo agora é outro espaço criar,
Uma casa nova pra morar,
Pedalar em outra trilha,
Navegar uma nova vida

Eu sei que o mar sempre é novo,
Mas eu sei que às vezes sou tolo.
Tolo por não ter visto que o asfalto está ali
E espera a coragem de correr e partir.

A luta agora é pra respirar - um novo esforço.
Aprender a esperar e ter saudade de novo.
Mas dói tanto essa tal de saudade...
A dor vivida e que não passa com a idade

Essa dor só passa com a volta
E mesmo quando a foto desbota
O possível fica na gente esperando entrar em cena
Mas o público não espera enquanto o ator não entra...

Pelo menos agora minha vida é arejada.
Tem outros novos e fortes VENTOS.
Pense numa nova vida bem aVENTUrada!
A vida agora tem outros possíveis momentos.

Se novo é o caminho, nova é a caminhada.
Se nova é a vida, novo é o pirata.
Se o VENTO é novo, nova é a VENTUra!
Se o doido é novo, nova também é a loucura!

Olha só a bandeira pirata!
A verdade do possível desfraldada!
A minha vela foi estendida
E o VENTO leva pra onde ainda há vida.

Olha só: eu tenho vida nova!
E o agora do possível é o possível de agora.
O tempo do possível é do bom aVENTUreiro,
Pois o possível pertence a quem chegar primeiro.

segunda-feira, maio 23, 2005

Meu silêncio tem dito-me muito.
E tem dito muito a alguns.
Meu silêncio me dá a certeza de que aí tem coisa.
E isso preocupa alguns.

Meu silêncio me dá a certeza de que eu estou recarregando a bateria.
Com a bateria vazia eu sou mais forte que a maioria.
Se a bateria está cheia, eu devasto o planeta.

Eu saí de cena e tem gente com dor.
SALVA A DOR!!!
Que droga, de novo a saudade do que eu não vivi e do que não é meu.
Mas passa.

O possível é meu. Ou não.
A PIRATARIA continua.
Em breve.

sábado, maio 21, 2005

20 de maio de 2005 foi assim:

Manhã trabalhando e atendendo. Almoço e tarde inteira na minha avó com direito a feijoadinha pra lá de gostosa e ex-cunhada me acordando do sono da beleza pra me dar um cheiro e me dar presente. Meus 2 clientes da noite desmarcaram e tive aula de 20:00 às 21:40. Leo Barros - o cara q é o cara - e eu pegamos a linha mais reta possível até a concha acústica pra curtir uma calourada bacana e leve, apesar da briga idiota q teve lá.

Pense numa ciranda cirandinha cirandada e vivida; num reggae reggado dançado e vivido; num blues bluesado morgado e vivido; num inofensivo copo de vinho vinhado, bebido e vivido; uma turma boa de calourada.

Muitíssimo obrigado à minha família inteira, André, Leo Barros, Cadu, Liliana, Livinha, Luíza Dias, Zé Barbosa, Michel Plim, Naldo Plim, Nil, Sicília, Juliana, Rapha, Emanuel e a todos na calourada.

Eu não tinha vivido um dia tão vivido desde q fui a Maceió. Só faltou ver a criaturinha citada no post anterior. Mas o fim de semana não acabou, né?

Música rolando: Bolero de Maurice Ravel - eu ando enchendo meus ouvidos e minha casa de música erudita ultimamente. E enchendo minha vida de vida!!!

quinta-feira, maio 19, 2005

Confesso: uma criaturinha muito doce atravessou meu caminho...


...e ainda tem o poder de deixar minhas 2 horas de supervisão semanais bem mais interessantes. Na verdade, creio que ela consegue deixar qualquer lugar mais interessante.

Segundo essa jovem, esse blog anda muito azedo. Concordo. Muito teórico e ácido. Ressentido nunca! Se a gente já sente uma vez, pra quê sentir de novo? Mas tá legal, vou ver se posto textos com um humor mais josésimãoniano pra gente se divertir.

Um recado a essa jovem: suas críticas e sua companhia são muito especiais, viu?

segunda-feira, maio 16, 2005

Eu acho que as pessoas...

...erram quando me chamam de anti-social. Eu não sou isso. Na verdade, até gosto de estar com as pessoas e me divirto muito com algumas delas. Mas eu devo admitir que sou anti-gregário. A coisa de "turma" não é a minha. Você nunca vai me ver fazendo parte de uma turma. Aliás, acho que você não vai me ver de jeito nenhum. :-)

A idéia de agregar nunca me fez muito bem. Sabe aquela coisa de "chama fulano pq sicrano vem junto"? Não é uma boa idéia, pelo menos pra mim.

Engraçado: José Maria Arruda me chamou atenção para o fato de que Nietzsche tb era um anti-gregário.


*Tome cuidado com professores. Ainda mais se vc for um aluno q não gosta da matéria dele. Professores podem ser cruéis demais.

*Nova ópera-rock a caminho? Mas eu nem consegui executar a primeira... Só pra bater o centro eis uma das partes em primeira mão pra vcs:

A risada do maldito

Um dia eu busquei o azul além do céu,
A doçura além do mel,
O grito além da dor,
O desejo além do amor,
E ir além de onde eu vou

Um dia eu busquei a angústia além da espera,
O pedido além da reza,
O toque além da pele,
Além da nota que se rege,
Além do prêmio q consegue

E o que eu vi foi a explosão antes do horror,
O horror antes da dor,
A dor antes do grito,
E a risada do inimigo
Agora faz sentido.

sábado, maio 14, 2005

Goodbye, blue sky - Roger Waters


"Look, Mummy. There's an airplane up in the sky."

Did, did, did, did you see the frightened ones?
Did, did, did, did you hear the falling bombs?
Did, did, did, did you ever wonder why we had to run for shelter
When the promise of a brave new worldUnfurled beneath a clear blue sky?

Did, did, did, did you see the frightened ones?
Did, did, did, did you hear the falling bombs?
The flames are all long gone
But the pain lingers on

Goodbye, blue sky
Goodbye, blue sky
Goodbye


Essa dor também é minha. E eu nem sei a razão disso.

quinta-feira, maio 12, 2005

Céu azul depois de um dia inteiro...

...de chuva. O motoqueiro aqui não gosta. Fazer o q? Não pude trazer meu amplificador da manutenção por motivos chuvísticos. Quero tocar guitarra muito alto e "São Pedro" lavou muito a casa hj.

Preparando trabalho sobre Nietzsche, q vai se chamar "Nietzsche: nós entre nós". Só q um desses "nós" do título é o plural de nó.

Eu sou xiita: palavra e atitude devem andar juntas. Em breve eu posto o texto sobre isso.

Robert Fripp, sempre ele: "Antes de mover-se de A para B, é melhor saber onde está A."

terça-feira, maio 03, 2005

A atitude pirata...

...é bem diferente da atitude do salteador. O salteador é como um rato: eterna fuga e se alimenta de migalhas q ele rouba ou pega pelos cantos. O salteador já sabe o q e onde vai pegar. Ele nunca arrisca.

O pirata vive o risco da aventura. Ele vive caçando a possibilidade de encontrar algo novo. O pirata pirateia o q é possível, sem hora pra partir e muito menos pra chegar. Ele se coloca no corso alheio e desconhecido e PERcebe se há algo ali q o tornará diferente.

Resumindo: o salteador vive entregue a salto e o pirata vive entregue à ventura.