quarta-feira, maio 31, 2006

Fafá Maia - minha musa EXpiradora - mandou essa pérola:


Mas só posso dar uma EXpiração, porque se alguém um dia te der uma EX-piração, ai nada mais vai ter graça.

terça-feira, maio 30, 2006

E hoje, via msn:

Érica Bandeira diz:
Rafael.. eu sinto que todos as minhas partículas, de todas as ordens... Todos os sentimentos e intenções estão borbulhando, sem controle, sem a medida certa, sem a hora certa.


E eu pensei: "Assim eu morro de alegria!!!".

sexta-feira, maio 19, 2006

Carta de um amigo a outro

Caro Charles Xavier,

Tenho estado desconcentrado em algumas das minhas atividades corriqueiras ultimamente. Em várias delas me pego pensando em você. Na verdade, tenho pensado no que nós construímos e desconstruímos juntos ao longo desses vários anos. Você tem sido uma referência para mim. Alguns dos meus movimentos foram feitos pensando no que você faria no meu lugar. Você sabe bem o que é isso, não é?

Mas eu simplesmente não posso negar o quanto nossa amizade me instiga. Instiga-me de muitas formas. Sempre percebi – desde muito cedo – o quanto o calor de nossa amizade parecia se dissipar em algo que parecia ser de vidro. Até hoje me parece que esse calor – gerado numa cumplicidade imensa e muito íntima – esbarra numa gélida tela medo, receio, quase antipatia.

O fato, velho amigo, é que - mesmo passados todos esses anos, todas as nossas conversas, risadas e veladas brigas - você não me conhece. Não conhece por mais de uma razão: além do fato de raras vezes eu ter aberto o espaço para isso, você se recusou de bom grado a aproveitar essas poucas oportunidades. E é bom que se diga que não o culpo nem o julgo. Na verdade até compreendo. Compreendo que chegou um momento em que você se sentiu incomodado com meu modo de caminhar. Compreendo seu modo reativo de deslizar nessa enorme bola azul. Compreendo muito bem o quanto você se esforça para atingir seus objetivos e o quanto não vê nenhum tipo de “maldade” em suas atitudes – seus princípios morais, logo eles, que são muito sofisticados e tão massacrantes quanto. Afinal, como você já deve saber a essas alturas do campeonato e considerando o quanto você está em turbulência, os princípios morais são justamente o que nos derrubam cedo ou tarde.

Mas ora, essa velha enorme bola azul que citei dá muitas voltas, não é, meu querido irmão?

É óbvio que eu demorei pra perceber muitas coisas sobre mim mesmo. Mas é claro que isso aí também tem acontecido com você, não é? Eu fiquei muito feliz por ter visto você alcançar suas primeiras vitórias baseadas em sua capacidade. Mas eu também percebi que você teria um problema quando transformou sua força em sua tão valorosa virtude. Estou bestificado por ver que você ainda não havia percebido que está sendo derrubado pela sua atitude de conservar sua virtude como sendo um ídolo. Logo você, que uma vez me disse que eu tinha tanta certeza das coisas. Interessante notar que a única certeza que eu sempre tive era a de que a minha fortaleza era apenas uma ferramenta, e não um fim em si. E esse meu pensamento, ainda que elaborado precariamente e com rudimentares ferramentas, tem se mostrado um fiel amigo para mim em minha trajetória. Continuo trabalhando no sentido de que minha fortaleza de amanhã seja outra e maior que a de hoje. Estou surpreso por ver que você ainda não havia percebido que você está sendo derrubado pela sua atitude de conservar, manter, valorar e preservar.

Ora, é óbvio que você me trouxe muitas coisas boas. Você me provocou. Você me ajudou a perceber o quanto há espaço para caminharmos e mais do que ninguém você entende de caminhar. Você começou a caminhar muito antes de mim – enquanto eu fiquei sentado olhando para o que estava ao meu redor, com raízes fincadas de maneira profunda e doentia, reagindo a tudo que me tocava, sem dar o devido valor ao que o vento me trazia. A mudança ocorreu no momento em que eu vi que o que é realmente meu está longe e que só chegaria lá por caminhos que ainda não foram abertos – o meu caminho! Vi você quando comecei a minha trajetória – você estava caminhando a passos firmes e com um ar arrogante por uma bela estradinha pavimentada ladeada por cheirosos eucaliptos rumo a uma coisa que você já sabia o que era antes mesmo de começar a caminhar.

Um dia eu dei uma diabólica gargalhada quando você me disse que minha caminhada estava muito lenta. Talvez não tenha percebido, mas você estava caminhando na sua segura estradinha enquanto eu estava não na sua frente nem atrás, mas acima de você, onde só eu e outras pessoas tiveram a força de ir.

Charles, meu velho amigo, tem sido magnífico escrever essas linhas e imaginar o quanto nós somos ligados e mais magnífico ainda imaginar o quanto isso é improvável, pois não é exagero falar que você tem tudo aquilo que eu mais detesto numa pessoa. Ainda o respeito, mas para levar meu calor até você, eu teria que descer muitos quilômetros para fazer isso. Esse lugar por onde você caminha tem gente demais, gente que o segue e admira suas virtudes e que você arrebanha com suas idéias de igualdade, liberdade e fraternidade, Ora, Charles! A sua fraternidade assistencialista é tão estéril quanto repugnante. Sua igualdade é para mim tão detestável quanto impraticável e sua liberdade nunca será atingida pelos seus modos. Se há igualdade, não pode haver liberdade. Só somos livres no momento em que lutamos e só há luta onde há diferença.

Prefiro meus poucos amigos das alturas, onde o ar é mais limpo e rarefeito e onde imaginamos que outras coisas nos unem além de fraternidade estéril, liberdade conservadora e igualdade inatingível e indesejável. Mas devo dizer que tenho ficado feliz em perceber que você foi atingido seriamente por você próprio onde mais dói: no seu tão virtuoso coração. A virtude valorosa é uma doença, caro amigo. Não pense que seu coração está doente agora. Ele já estava doente antes.

Franca e cordialmente,
Erik Magnus Lensherr, também conhecido como Magneto.

quarta-feira, maio 03, 2006

Pronto, o doido lá resolveu...

...fazer greve de fome. Achou pouco morrer politicamente. Eu apóio a greve de fome dele e o Kibe Loco já tem feito o mesmo. O problema é q ele é bem gordinho e vai durar muitos dias, caso resolva mesmo levar adiante a idéia - o q eu, infelizmente, acho muito difícil.

Mas como é q o povo é tão sem noção? Outro dia um rezador desocupado foi fazer greve de fome por causa do projeto de transposição de águas do velho Chico. Mas tem cada doido no mundo! O q me deixou puto foi a intervenção até do presidente da república na greve do rezador. Ora, onde é q tá a liberdade? O cara queria morrer, então q deixassem! Eu apóio, nesse caso, a intervenção mínima do Estado! Era um rezador a menos no mundo.

Eu encontrei coisas semelhantes nesses dois casos:

1- O político doido e o rezador doido têm algo em comum: são cristãos. O político é evangélico e o rezador é um padre católico. Na doutrina deles, não são donos dos seus corpos e qq atitude q atente contra seus corpos são condenadas pelas suas doutrinas. Então, a greve de fome dos dois seria "punida por deus". Ou seja, no caso do político pilantra talvez seja melhor ser condenado por deus do q pelo Ministério Público. E talvez seja melhor ser condenado por deus do q dividir água com outras pessoas.

2- Greve de fome é garantia de atenção. Tudo q é meio de comunicação deu atenção a esse povo. Tomara q greve de fome não vire moda pq senão ofusca a copa do mundo e a campanha pra presidente.