quarta-feira, setembro 28, 2005

Eu preciso de uma mulher assim

Conta a historia, que um casal (recém-casado), com apenas 2 semanas de casamento, o marido apesar de feliz, já estava com uma vontade reprimida de sair com a galera pra fazer a festa. Assim, ele diz a sua queridinha:

- Amorzinho, vou dar uma saidinha mas não demoro...
- Onde você vai, meu docinho...? (com expressão de recém-casados)
- Ao barzinho, tomar uma geladinha.
A mulher bota a mão na cintura e lhe responde:
- Quer cervejinha, meu amor ??? E nesse momento abre a porta da geladeira e lhe mostra 25 marcas diferentes de cervejas de 12 paises, alemãs, holandesas, japonesas, americanas, mexicanas etc.
- Meu docinho de côco... mas no bar... você sabe... o copo gelado....
- Quer copo gelado, amor? Nesse momento ela pega no freezer um copo bem gelado, branco, branco, que até tremia de frio.
- Mas minha princesa, no bar tem aqueles salgadinhos gostosos... Já estou voltando, tá?
- Quer salgadinho, meu amor??? A mulher abre o forno e tira 15 pratos de salgadinhos diferentes, quibe, coxinha, pastel, pipoca, amendoim, coração de galinha, queijo derretido, torresmo...
- Mas, minha Pixunguinha... lá no bar... você sabe.... as piadas, os palavrões, tudo aquilo...
- Quer palavrões, meu amor ?? ENTÃO VAI TOMAR NO CU, PORQUE DAQUI VOCÊ NÃO SAI NEM FODENDO, SEU FILHO DA PUTA .

Agradecimentos sinceros ao meu bom amigo Klaus Fischer por ter me mandado esse texto.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Estou pedalando feito um doido. A trilha tem um metro de largura, mas eu sei que vai estreitar mais à frente. É plano, mas com pedras perigosas cobertas de poeira. Tem areia fofa parecida com areia de praia em alguns lugares. Eu passo devagar pela areia fofa e depois tenho que investir mais energia pra reacelerar. Juazeiros à beira da trilha arranham meus braços e pernas. Minha perna direita está toda cortada, mas o medo mesmo é furar um pneu com um espinho desses.

Escuto o som dos pneus muito cheios deslizando sobre a trilha. É um som seco, constante. É um som tenso. Na verdade eu me sinto tenso com ele. É tão irritante. Me sinto perseguido por ele. É a mesma sensação de caminhar sozinho numa rua escura e ouvir passos atrás de você. Tensão. Ao mesmo tempo sinto que esse barulho minha única companhia nesse momento.

Também escuto minha respiração. Eu respiro e sinto a baforada quente incomodar meu rosto. A garganta está seca e parece que eu engoli cimento. Minha pele – ah, a minha pele – arde. Sinto cheiro da paisagem seca. Cheiro quente, cheiro da poeira, cheiro da falta de vida ao meu redor. No sertão, só o lamento, o xique-xique e o pé de juá, o matuto forte e o ciclista teimoso sobrevivem.

Sinto o gosto da areia nos meus lábios. Sinto mais ainda esse gosto quando uma gota salgada de suor traz essa areia pra minha boca. O suor escorre e parece que está fervendo. Uma gota cai no meu olho de vez em quando. Os óculos escuros estão molhados. Calor horrível. A água acabou faz tempo, é claro. A única água que vi nos últimos 17 quilômetros foi de um açude que estava quase seco. Água imunda. A vaquinha que estava tomando banho lá estava muito melhor que eu.

Lá está uma casa. Não me animo muito. Quase nunca tem alguém nessas casinhas escondidas por trás da serra. Reduzo a velocidade até parar. Piso no chão e acho estranho: a sola dos meus pés parecem muito quentes e me sinto desequilibrado. Marujo depois de meses no mar desequilibra e enjoa na terra. Bato palmas. Uma criança vem e peço água. Ela traz uma jarra d’água surpreendentemente gelada – incrível, mas chega energia elétrica ali! Enche minha garrafa e eu agradeço. Ainda penso em olhar para a água para saber se é muito suja, mas resisto – a sede é grande e não quero constranger meu simpático novo amigo.

Não bebo a água na hora – estava gelada demais. Coloco a garrafa na bicicleta e volto ao meu rumo. Com aquele calor ela esquentou um pouco em pouco tempo. Reduzo um pouco a velocidade e solto as mãos do guidão. Pego a garrafa e enfio água goela abaixo, não sem antes lavar meus lábios cheios de areia – satisfaço a velha carcaça que sofre na bicicleta. Olho pro céu. Completamente limpo. Céu de brigadeiro, como dizem os pilotos. Será que brigadeiros gostam daquela claridade e calor? Se sim, caso forem pro inferno só vão estranhar a comida. A água desce e minha garganta agradece. A trilha fica limpa, lisa feito asfalto e a bicicleta desliza nela. Limpa está minha garganta e a água desliza nela. Limpo está o céu e aquele urubu desliza nele. Limpa está minha alma. Preparada pra que eu deslize nela.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Eu detesto...

...quando encontro alguém no mundo que é mais arrogante do que eu.

sábado, setembro 10, 2005

Mazelices... Mas eis a vida!!!

Sobre mazelices de se namorar com pessoas ligadas ao teatro e/ou freqüentadores de certas casas noturnas:
“A gente só estava experimentando pra ver se gostávamos!”.
Isso foi antes de você se tocar que não precisava ter ciúme de marombados de academia e depois de pegá-la na cama com uma AMIGA do teatro.

Sobre mazelices de se namorar com uma mesma pessoa q ainda está tímida por estar no começo do namoro:
“Não tem problema em andarmos de moto”

Sobre mazelices de se namorar com a mesma pessoa citada acima depois de um ano:
“Essa bosta desse capacete assanha meu cabelo! Quando tu vai deixar de ser liso e comprar um carro?”

Sobre mazelices de se namorar uma pessoa do seu local de trabalho:
“Melhor nós pararmos por aqui pq não quero que isso atrapalhe nossa relação profissional”.
Isso foi depois de dois meses de um caso louco, de longas noites de sexo selvagem e um dia antes de você flagrá-la com o diretor mamando nela na mesa da diretoria. Não ache estranho se depois disso o diretor antipático virar um sujeito gente boa.

Sobre mazelices de se namorar com uma vizinha:
“Acho que a gente forçou uma barra por ignorarmos o fato de sermos apenas amigos de infância”
Sobre mazelices de se namorar com uma evangélica (ou A gente goza é com a hipocrisia!):
"Não vamos mais fazer sexo! Isso atrapalha minha comunhão com deus!". E no outro dia vc acorda todo dolorido com a noite de sexo selvagem q ela te proporcionou e com a tosca lembrança de "Ah, meu deus! Ah, meu deus!".

Sobre mazelices de se namorar com uma pessoa da faculdade de psicologia da UFC:
1- “Não foi de propósito! Eu tava bêbada e pensei que era você! Volta pra mim!”

2- “Aquilo foi por acidente. Sabe como é... Tem pouco homem na faculdade e eu tava carente...”


Não me perguntem por quais desses eu passei pq vcs não vão acreditar na resposta.

terça-feira, setembro 06, 2005

As coisas q eu tenho

Eu tenho duas guitarras, uma bicicleta, uma moto, uma coleção de 108 palhetas de guitarra (42 feitas por mim de um monte de materiais diferentes), e um velho computador. Tenho uma cama muito antiga, um aparelho de som potente, um velho amplificador valvulado de guitarra e alguns livros. Tenho 289 cds, incluindo toda a coleção do Pink Floyd. Tenho poucas roupas e menos sapatos ainda. Isso explica pq meu guarda-roupas é tão pequeno. Tenho meus inseparáveis óculos escuros, óculos de grau normais, meu celular pré-histórico e minha carteira q nunca tem dinheiro dentro. Tenho pastas com poesias e músicas. Tenho alguns livros de poesias do Neruda, Pessoa. Tenho um carro de controle remoto. Tenho material de trabalho com micro-eletrônica - ferro de solda, solda, alicates, parafusos, porcas, fita isolante, sugador de solda. E uso. Tenho sucatas de televisores e aparelhos de guitarra de onde tiro peças. Tenho um monte de pedais de guitarra espalhados no chão - vivo tropeçando neles. Tenho miniaturas de carros e motos - não são muitas, mas queria q fossem. Tenho canetas de marcar texto - uso muito. Tenho pilhas de livros xerocados pq não tenho grana pra comprar livro. Tenho minha inseparável mochila cujo conteúdo virou polêmica de uma comunidade no orkut. Detesto sair de casa sem ela.

Eu sei q tem gente q talvez ache q isso é pouco, mas quando tem mais q isso eu faço um "rapa" e jogo no lixo o q não presta e/ou o q não quero mais. Sempre quis tudo muito simples na minha vida - e agora mas do q nunca. Não preciso de mais do q isso pra fazer minhas coisas funcionarem. Meu medo é minhas coisas se revoltem e me joguem no lixo qq dia pq sei q elas não precisam de mim.

domingo, setembro 04, 2005

- Parece que a gente tira um saco de cimento das costas quando a gente se toca que carrega um problema q não é nosso.

- Assistndo Forrest Gump pela 3ª vez. "A vida é como uma caixa de bombons: a gente nunca sabe o q vai encontrar". A coragem de abrir e explorar a caixa é q é a experimentação. Mas, conforme o comentário acima, convém não ficar futricando em caixas de bombons q não são nossas.

- O tango é sempre lindo, forte, ardente, verdadeiro, urgente e apaixonado. Mas eu tenho a impressão de que essas palavras são, no fundo, sinônimos.

- UFC de greve. Eu quero é que o mundo pegue fogo. E, como leitores antigos sabem - e os novos podem ver nos arquivos - eu vou estar lá no alto da serra...

quinta-feira, setembro 01, 2005

Céu de brigadeiro. Era meio da tarde. O sol estava perto e quente. A esperança também. Mas a frustração tomou o lugar da esperança e as lágrimas empurraram o sol pra longe e preenchiam o lugar junto com a sombra.

Não tinha vento algum no momento. Só o velho navegante. Olhando pro céu limpo, pras velas tristes, o mar calmo...


- Tudo que eu queria era que o que está no cabeçalho desse blog fosse uma coisa fácil.