quinta-feira, junho 30, 2005

Últimas direto do navio pirata

1- O processo da vivência de ser-no-mundo é amplamente facilitado quando o indivíduo tenta fazê-lo quando está de férias. Pq Heidegger não pensou num ser-nas-férias?

2- me mudo no sábado. Além de vivências de ser-nas-férias, vai rolar uns lances de ser-na-capital

3- Alguém aí quer um guitarrista?

4- Eu pari a Perdição Centrada na Pessoa. Alguém quer ler?

terça-feira, junho 28, 2005



Henry Morgan (nascido em 1635 no País de Gales, morto em 25 de agosto de 1688 na Jamaica) o rei de todos os piratas, agiu em grande parte do Caribe. Pirateou em colônias espanholas, tais como Granada, (Nicarágua), Maracaico (Venezuela) e Panamá, por volta do ano de 1670. Posteriormente foi mandado à Inglaterra, onde ficou trancado num calabouço; porém, o rei Carlos II da Inglaterra reconheceu suas contribuições à coroa inglesa e lhe deu o título de cavalheiro, tornando-o tenente-governador da Jamaica e lhe atribuindo a meta de controlar a atividade de piratas na região. Já nomeado governador da Jamaica, viveu na ilha como rico fazendeiro até sua morte em 25 de agosto de 1688.

quinta-feira, junho 23, 2005

Nasceu!!!

Nasceu o meu relatório do estágio optativo na clínica. Além de ter sido uma experiência quase mística, começar a atender me estimulou a organizar, melhorar e publicar minha visão da gestalterapia como uma Perdição Centrada na Pessoa.

A pirataria continua por aí.

sábado, junho 18, 2005

Nietzsche e Laços de Família

Estamos no começo da época de chuvas aqui em Fortaleza. Eu estudo e trabalho em lugares fechados com ar-condicionado, estou sem dinheiro e não estou namorando. Portanto, meu sistema imunológico está uma porcaria e é claro que eu estou gripado. Ô coisa nojenta é gripe. Ninguém merece uma gripe. Mas o pior é que eu ainda respeito os outros quando estou gripado, então não saio de casa. O influenza – o vírus da gripe – é o mais contagioso que existe. E eu sou o cara mais influenzável do mundo: é a segunda gripe em 40 dias. O pior não é a coriza, a crise de rinite, sinusite ou caralhite. O pior é ficar em casa amarrando um bode preto e ver o reprise de Laços de Família.


Não há nada mais estúpido no mundo do que diálogo de novela de família. Não fosse a parada pra adiantar a leitura do Além do bem e do mal – livro seminal do Nietzsche - eu teria assistido o capítulo de hoje inteirinho. Desliguei quando a mãe da Capitu e o porteiro do prédio discutiam o aumento do preço do tomate. Nesse momento a taxa viral do meu influenza foi ao teto. Coitado dele. Preferi combatê-lo de modo franco e sincero ampliando meu conhecimento sobre a vontade de poder em Nietzsche do que vendo a veterinária da novela conversar com o cavalo.

(Interlúdio maldoso 1: traduzir como vontade de poder faz mais sentido na nossa língua do que vontade de potência.)

Não que a novela seja toda imprestável. Nunca é demais ver a carinha enjoada da Carolina Dieckman. Ela é linda, não? Parece que está sempre chupando limão. Detesto mulher simpática demais. Carol, eu te amo.

(Interlúdio maldoso 2: “a própria vida é vontade de poder”.)

O Gianechinni tem a vida profissional que eu pedi a Perls: só pega o filé. Mãe e filha – na novela. Impressionante. Já falei pra vocês que eu tenho um azar desgraçado com namorada? Até aí nenhuma novidade. O estranho é que eu tenho sorte com sogra. Não poucas vezes eu pensei em largar a namorada pra ficar com a velha.

(Interlúdio maldoso 3: esse “poder” de vontade de poder, não é necessariamente “força”, mas sim a vontade de estar apto, disponível e preparado para o possível – o não provado, que não raro é improvável, mas que é provido pela improvis-ação)

Caraca, ninguém merece uma tia chata como a Alma. Ô mulher mal-amada. E olha que casou 3 vezes. E ficou 3 vezes viúva. Deve ter sido desgosto dos maridos. E o Alexandre Borges ainda vai pegar a empregada. A mulher da B.O.A. – muito boa. Com ou sem retoques de computação gráfica.

(Interlúdio maldoso 4 – esse é pra lascar - aforismo 141: “É o baixo ventre que impede o homem de considerar-se um deus”. Traduzindo pro português de Maracanaú: nenhum cacete é santo. Pererecas idem.)

De onde o Toni Ramos tirou tanto pêlo? Dá um desgosto ver aquela barba do cara. Aliás, dá um desgosto ver qualquer barba. A não ser a minha, que é meio ruiva e muito sexy, mas não é pra qualquer uma. Pra não falar da secura do Miguel em ir bater lá no Japão pra ver se consegue dar um pega na Vera Fischer. Pô, nem eu! Mas ele não contava com a astúcia do Gianechinni, que já foi pegando daqui. E o cara parece que gostou de ter ido lá pra caixa-prego sem pegar ninguém. Momento propício para a clássica expressão nordestina de repulsa: arriégua!

(Interlúdio maldoso 5 - na tentativa de oferecer subsídios para explicar o movimento do personagem de Toni Ramos, que deu meia volta ao mundo, não pegou ninguém e ficou feliz – aforismo 176: Por fim amamos o próprio desejo, e não o desejado.)

Se vocês derem aos espíritos – e não o seu lado ascético cristão paralizante! - de vocês a oportunidade de ler Nietzsche, poderão reparar que ele usa muitas vírgulas e travessões – e por que razão não fazê-lo, já que é sempre bom fazer com que nem todos possam ler? E vocês já repararam que eu também faço a mesma coisa?

Mas o bom mesmo é que uma vez que perceba-se que a vida é vontade de poder e que vida não é o organicismo, mas sim o movimento, você poderá perceber a beleza do pensamento de Nietzsche.

E se você ficar gripado nesses dias, verá que a novela acima citada - e toda a programação televisiva - é tão ruim que vai ficar simples entender de onde eu tiro energia pra ler essas coisas.

(Encerramento maldoso – lindo e aterrorizante, de Laços de Família à nossa própria vida – aforismo 153: O que se faz por amor sempre acontece além do bem e do mal.)

segunda-feira, junho 06, 2005

As marmotas dos´últimos tempos:

1- Certo, agora é o contrário: tem ventura e eu tô me sentindo pesado. E ainda tem doido tentando comprender gestalterapia em termos da lógica husserliana. Até parece q tem lógica nessa vida de pirata...

2- Como diria o José Simão, essa vem direto do país da piada pronta: meu pai - q dorme de rede - depois de 25 anos de casado, conversando com minha mãe sobre os móveis da casa nova: "Tem necessidade do quarto da gente ter cama de casal?".

3- Gostaria de dar um presente especial a alguém especial no domingo q vem.

domingo, junho 05, 2005

Parece mentira...

...mas acho q a DaCapo foi pro vinagre. Talvez não. Não quero fazer terror, pois a proposta é q a banda desse um tempo, mas acho q a DaCapo não volta mais. Creio q seja possível q uns dacapos toquem com outros, mas não creio q usem o nome DaCapo.

Usando a frase do Ginger Baker sobre o fim do Cream: "o fimd a banda foi mais sentido do q previsto". Faz muito sentido.

Tocar na DaCapo me trouxe coisas boas e ruins. As boas vcs já conhecem. As ruins: perdi técnica, parei de estudar música, parei de compôr as coisas instrumentais, perdi a pegada de base e solos pesados. Nada q eu não possa recuperar.

É perfeitamente compreensível q o Lucas tenha as suas ânsias criativas, q queira tocar com outras bandas. Devo dizer q foi ótimo conhecer as pessoas e foi interessante perceber q eu posso colocar pra fora o roqueiro q não há em mim.

A pergunta q não quer calar é a mesma do cara q chegou ao topo do Everest: e agora? O quê e com quem eu toco? John Coltrane, Frank Zappa, Jimi Hendrix e Dimebag Darrel estão mortos. Syd Barret está fora de circulação. Não tenho o telefone do Hermeto Pascoal.

Vou precisar dar um tempo e procurar gente pra tocar outras coisas. Estou feliz. E estou muito vivo.