...vou estar lá no alto da serra de Maranguape.
Vou estar com uma bicicleta de um lado
E um litro de cachaça no outro.
No dia em que o mundo pegar fogo
Ninguém vai ter tempo de me chamar de louco
O careca aqui vai se divertindo, bebendo
E com o senso de PIRataria ardendo.
No dia em que o mundo pegar fogo
Vou ter certeza de que não fui o único feito de bobo.
Vou ver o mar virar fogueira, vou surfar na labareda
E como dizer chega se agora a boca queima?
No dia em que essa porra toda pegar fogo
Não se dê ao trabalho de olhar pra serra procurando o careca
Pois ele já vai estar descendo feito doido na bicicleta
Morrendo de rir da tua cara de pateta
Tua cara PERplexa, ora essa
De quem não sabia que isso ia acontecer ou que já acontecia
E a única coisa que eu vou dizer na descida é "ah, eu já sabia!".
E a garrafa de cachaça? Vou trazer ou vou deixar?
Vou trazer a cana na cabeça, pois a garrafa ficou seca
E lá em cima ficará pra ser a última a queimar.
Ela será a última, vai testemunhar o fim gritaria
Mas pra supresa de todos, última gargalhada será minha.
Pois eu perco tudo, menos a PIRataria.
Serei poÉTICO até no fim do mundo
EstÉTICO até o fim do curso
Mas ser PIRata não é ser intruso
Pois PERigoso mesmo é querer muito.
Mas eu só quero ter a cachaça, a serra e a exPERimentação.
Essa sim é a minha PERdição.
É, rapaz... Esse Contato você não vai poder evitar
Não adianta correr, espernear e nem gritar.
Pois a PIRataria, até no fim do mundo, é a única saída sadia
No dia em que o mundo pegar fogo
Não vai mais interessar o amor que eu tenho e você não tem
Pois no dia do fim do mundo eu vou me queimar também