sábado, agosto 06, 2005

Quando o vento bate

Eu sinto quando o vento bate
Talvez eu sinta até antes dele bater
Sinto o cheiro que o possível exala:
O espírito vê antes acontecer

Não dá pra explicar direito
O vento vem e do infinito traz um cheiro
Não planejo nada
Só na hora é que eu vejo.

O vento leva, o vento empurra
O vento gela e perpetua
Ele esquenta, ele embala
Ele movimenta e encoraja

Os sentidos ficam apurados
A pele esfria e eu fico arrepiado
Sei que o vento bate e eu sinto.
E sei que a verdade está no infinito.

E com vinho? Nunca se sabe.
Sinta o vento e não o maltrate
Mas o contato é embriagado,
A pirataria é apaixonada.
E se enxergar a minha alma,
Então a abrace e cuide da coitada.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Puxa, Rafael, que coisa linda!! Adorei...adoro poesias simples e tocantes!!!
Sua fã 2 vezes,
Fafa.
Um abraço!

4:37 PM  

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