Queridos Leo e Rômulo,
Preciso escrever. Hoje foi um dia sereno e lindo. Simplesmente magnífico e leve. O acordar me pareceu mais azul e o vento que é comumente gelado me pareceu morno. A luz do Sol me pareceu dourada ao invés de amarela e todas essas sensações me eram cada vez mais claras a cada passo que eu dei, a cada olhar lançado e a cada inspiração e expiração.
Também aconteceu algo que parecia previsível: eu senti uma inacreditável necessidade de revisitar a faculdade – John McLaughlin diz que às vezes é necessário atualizar o nosso passado, como apertar o refresh para ver se há algo de novo. E tinha. Tinha cores. O amarelo da luz do Sol, como já disse, estava meio dourado. Um pouco mais radiante. E fiquei lá, olhando pras coisas, vendo algumas pessoas. E eis que lá vem o Leo. Ele me olhou com um sorriso meio cínico que queria dizer algo e esse algo foi dito logo depois: “Sabia que eu ia te encontrar aqui”. E eu disse: “Eu também”.
Dez minutos foram o suficiente. Saí de lá com uma sensação de fartura. Estava saciado, satisfeito. E feliz.
Passei o resto do dia trabalhando e pensando. Pensei sobre postura e impostura. Pensei no quanto as pessoas podem ser impostoras - na necessidade que elas têm disso. E quando pensei sobre o que isso significa para mim eu encontrei alguns caminhos muito distintos mas cujas forças são sentidas um pelo outro.
O primeiro é a impostura alheia que não me diz respeito ou cujo percurso não me atravessa. Para ser franco – ou claro – essa impostura não me diz respeito e não me afeta. Eu percebo esse indivíduo, mas não troco energia com ele. Ele não é do meu interesse e com ele eu não ocupo meu tempo. Esse é o mais fácil de todos.
O segundo é o impostor que me aparece na clínica. Curiosamente eu consigo lidar bem com isso. Na verdade é um prazer jogar o xadrez da vida com uma pessoa naquele espaço. Na maioria das vezes é uma honra. Com ele eu apenas tento ser claro. Se ele não é claro comigo é problema dele. O fato é que eu e ele nos afetamos mutuamente e isso para mim é sempre bom.
Mas nossa conversa de ontem me fez pensar insistente e calmamente nas dezessete horas e meia seguintes sobre um outro tipo de pessoa: a que eu encontro na rua, na faculdade, na praia ou qualquer outro lugar. Rômulo, foi sobre minha atitude em relação a essas pessoas que suas palavras me fizeram pensar muito. Não sobre a postura ou impostura delas, mas sobre minha decisão de não ser impostor com elas. Atitude essa que é deliberada, pensada e de minha responsabilidade, como te disse ontem. Eu fiquei durante todas essas horas pensando até que ponto eu estava sendo responsável com essas pessoas. Até que ponto a clareza pode embaçar minha troca de energia com elas? Até que ponto essa falta de impostura torna alguém um ser “folclórico”?
No fim da tarde eu estava descendo as escadas da minha casa para ir à clínica – onde eu a ter supervisão. Havia um homem no portão quando eu estava descendo. Ele era testemunha de Jeová e disse: “Boa tarde, rapaz. Você mora aí?”. Eu disse que sim e ele me entregou um papel e eu comecei a lê-lo. Era uma espécie de folder e na primeira página está escrito em letras garrafais o seguinte: “O fim da religião falsa está próximo”. Imediatamente eu pensei: “Ah, caramba...”. Ele continuou: “Nós estamos fazendo um movimento no mundo inteiro propagando isso, blá-blá-blá..”. Eu costumo não dar ouvidos, mas resolvi ignorar o que ele dizia e comecei a ler o folder. Como eu leio muito rápido, li inteiro enquanto ele falava. O folder trazia os seguintes argumentos: um grande líder americano (Bush, obviamente), combate o terrorismo matando terroristas e diz que faz isso em nome de um deus e os protestantes são contra a participação de líderes em guerras ou que qualquer um deles diga que mata em nome de um deus. O folder dizia também que a maioria das religiões fala sobre um espírito que pode continuar vivo depois da morte e que, segundo a bíblia, isso não existe e que um evangélico não acredita nisso; um outro argumento era que em muitos países ocidentais há religiões que nomeiam homossexuais como ministros nas igrejas e que estes pressionam o governo para admitir o casamento homossexual. Esse argumento também trazia trechos da bíblia que maldiziam idólatras, homossexuais, adúlteros. Quanto a pessoas citadas em todos esses argumentos, folder diz: ”Qual é o futuro das religiões que produzem frutos podres?”. E segue com um trecho da bíblia: “Toda árvore que não produz fruto excelente é cortada e lançada ao fogo”.
Leo e Rômulo, dado o cara que vocês sabem que eu sou e dada a conversa que nós tivemos ontem vocês já devem saber como eu estava me sentindo. A gota d’água foi o último argumento do folder: o de que um deus irá destruir e castigar dolorosamente todos aqueles que fazem ou instigam o que foi dito até aqui. E arremata: “Sim, Deus exigirá da religião falsa uma prestação de contas por todos os atos repugnantes que ela cometeu em Seu nome. Agindo com perfeita justiça, Deus usará os amantes políticos como seu instrumento de execução”.
Eu terminei de ler exatamente quando o cara calou a boca e se afastou. Rômulo, nossa conversa ontem acabou às 00:15 da manhã de segunda. E fiquei até as 17:40 da tarde ruminando tudo. Quando eu parei de ler esse cara começou a se afastar. Toda nossa longa conversa e as mais de dezessete horas de ruminação passaram na minha cabeça como um raio durante os três ou quatro segundos em que o cara caminhou uns dez passos. Havia tanta energia em mim naquele momento que eu parecia que ia explodir. E agora? Eu tenho uma coisa pra dizer pra esse cara. Eu o deixo e fico aqui com minha vida ou digo pra esse cara tudo que ele está colaborando pra produzir na minha cabeça?
O fato é que não deu mais. Rômulo, Leo, toda a minha ruminação acabou no instante anterior ao momento em que eu disse: “Ei, cara, volta aqui um instante. Bicho, você tem idéia do que você acabou de me mostrar aqui? Você tem idéia do quanto você está se contradizendo? Tem idéia do quanto você é moralista? Tem idéia do quanto você está instigando um terror quando fala de vigilância constante? Tem idéia do quanto você é um terrorista?”. Ele tentou falar qualquer coisa e eu alterei meu tom de voz: “Cale a boca e me escute. Você é um irresponsável fazendo uma barbaridade dessas. Você vem me falar de tolerância, de paz e vem me dizer que há ‘frutos podres’ e que um deus vai ‘dizimar árvores que fazem frutos podres’. E o que é pior: vem dizer que um deus vai cobrar um tributo altíssimo, fazer uma prestação de contas, ‘agindo com plena justiça’ e vai usar pessoas como ‘instrumento de execução’. Cara, você tem idéia do quanto tuas idéias são baseadas em ódio? Você vem me falar em amor de deus e que esse amor vai virar um ódio por quem é diferente de você?”. “Mas é assim que diz a bíblia”, ele disse. “Cara, isso é ódio disfarçado de amor, você se dá conta disso? Me faça um favor: nunca mais na sua vida venha na porta da minha casa com um absurdo desses! E eu não tenho mais nada a dizer pra você”. Caminhei até a minha moto e fui à clínica.
Rômulo e Leo, meus amigos queridos, eu compreendo a impostura como uma jogada de xadrez legítima e me questionei o dia inteiro se talvez eu devesse reconsiderar algumas posturas minhas e pensei em naquele momento em dizer ao cara: “Certo, certo. É verdade”, e sair quietinho sem polemizar. Mas a ruminação acabou naquele momento e eu não quis ter outra escolha. Eu quis mostrar com muita clareza àquele cara de que maneira ele e seu folder estavam me afetando.
Agora, graças à nossa longa e maravilhosa conversa, graças ao tanto que eu me agarrei com os efeitos dela durante essas horas e graças ao testemunha de Jeová, as coisas estão muito mais claras: minha força, o que me faz mais íntegro, o que me move e por onde eu me movo está na minha escolha pela falta de impostura e desejo de expressão quando eu achar que é devido. Toda minha paixão pela vida, tudo que eu desejo e tudo que eu consegui construir para mim está exatamente nessa vontade intangível de dar forma a uma maneira viável de expressão do quanto as coisas me afetam. Acho que é como uma performance da afeta-ação. É lindo. E pra mim tem valido cada tentativa, cada instante, cada gota de suor e de paixão investidas nisso porque foi exatamente isso que trouxe dois caras como vocês pra perto de mim. É uma honra ter vocês na minha vida.
Seu colega de curso, irmão, oponente e – mais e antes que tudo – amigo,
Rafael Gomes
Preciso escrever. Hoje foi um dia sereno e lindo. Simplesmente magnífico e leve. O acordar me pareceu mais azul e o vento que é comumente gelado me pareceu morno. A luz do Sol me pareceu dourada ao invés de amarela e todas essas sensações me eram cada vez mais claras a cada passo que eu dei, a cada olhar lançado e a cada inspiração e expiração.
Também aconteceu algo que parecia previsível: eu senti uma inacreditável necessidade de revisitar a faculdade – John McLaughlin diz que às vezes é necessário atualizar o nosso passado, como apertar o refresh para ver se há algo de novo. E tinha. Tinha cores. O amarelo da luz do Sol, como já disse, estava meio dourado. Um pouco mais radiante. E fiquei lá, olhando pras coisas, vendo algumas pessoas. E eis que lá vem o Leo. Ele me olhou com um sorriso meio cínico que queria dizer algo e esse algo foi dito logo depois: “Sabia que eu ia te encontrar aqui”. E eu disse: “Eu também”.
Dez minutos foram o suficiente. Saí de lá com uma sensação de fartura. Estava saciado, satisfeito. E feliz.
Passei o resto do dia trabalhando e pensando. Pensei sobre postura e impostura. Pensei no quanto as pessoas podem ser impostoras - na necessidade que elas têm disso. E quando pensei sobre o que isso significa para mim eu encontrei alguns caminhos muito distintos mas cujas forças são sentidas um pelo outro.
O primeiro é a impostura alheia que não me diz respeito ou cujo percurso não me atravessa. Para ser franco – ou claro – essa impostura não me diz respeito e não me afeta. Eu percebo esse indivíduo, mas não troco energia com ele. Ele não é do meu interesse e com ele eu não ocupo meu tempo. Esse é o mais fácil de todos.
O segundo é o impostor que me aparece na clínica. Curiosamente eu consigo lidar bem com isso. Na verdade é um prazer jogar o xadrez da vida com uma pessoa naquele espaço. Na maioria das vezes é uma honra. Com ele eu apenas tento ser claro. Se ele não é claro comigo é problema dele. O fato é que eu e ele nos afetamos mutuamente e isso para mim é sempre bom.
Mas nossa conversa de ontem me fez pensar insistente e calmamente nas dezessete horas e meia seguintes sobre um outro tipo de pessoa: a que eu encontro na rua, na faculdade, na praia ou qualquer outro lugar. Rômulo, foi sobre minha atitude em relação a essas pessoas que suas palavras me fizeram pensar muito. Não sobre a postura ou impostura delas, mas sobre minha decisão de não ser impostor com elas. Atitude essa que é deliberada, pensada e de minha responsabilidade, como te disse ontem. Eu fiquei durante todas essas horas pensando até que ponto eu estava sendo responsável com essas pessoas. Até que ponto a clareza pode embaçar minha troca de energia com elas? Até que ponto essa falta de impostura torna alguém um ser “folclórico”?
No fim da tarde eu estava descendo as escadas da minha casa para ir à clínica – onde eu a ter supervisão. Havia um homem no portão quando eu estava descendo. Ele era testemunha de Jeová e disse: “Boa tarde, rapaz. Você mora aí?”. Eu disse que sim e ele me entregou um papel e eu comecei a lê-lo. Era uma espécie de folder e na primeira página está escrito em letras garrafais o seguinte: “O fim da religião falsa está próximo”. Imediatamente eu pensei: “Ah, caramba...”. Ele continuou: “Nós estamos fazendo um movimento no mundo inteiro propagando isso, blá-blá-blá..”. Eu costumo não dar ouvidos, mas resolvi ignorar o que ele dizia e comecei a ler o folder. Como eu leio muito rápido, li inteiro enquanto ele falava. O folder trazia os seguintes argumentos: um grande líder americano (Bush, obviamente), combate o terrorismo matando terroristas e diz que faz isso em nome de um deus e os protestantes são contra a participação de líderes em guerras ou que qualquer um deles diga que mata em nome de um deus. O folder dizia também que a maioria das religiões fala sobre um espírito que pode continuar vivo depois da morte e que, segundo a bíblia, isso não existe e que um evangélico não acredita nisso; um outro argumento era que em muitos países ocidentais há religiões que nomeiam homossexuais como ministros nas igrejas e que estes pressionam o governo para admitir o casamento homossexual. Esse argumento também trazia trechos da bíblia que maldiziam idólatras, homossexuais, adúlteros. Quanto a pessoas citadas em todos esses argumentos, folder diz: ”Qual é o futuro das religiões que produzem frutos podres?”. E segue com um trecho da bíblia: “Toda árvore que não produz fruto excelente é cortada e lançada ao fogo”.
Leo e Rômulo, dado o cara que vocês sabem que eu sou e dada a conversa que nós tivemos ontem vocês já devem saber como eu estava me sentindo. A gota d’água foi o último argumento do folder: o de que um deus irá destruir e castigar dolorosamente todos aqueles que fazem ou instigam o que foi dito até aqui. E arremata: “Sim, Deus exigirá da religião falsa uma prestação de contas por todos os atos repugnantes que ela cometeu em Seu nome. Agindo com perfeita justiça, Deus usará os amantes políticos como seu instrumento de execução”.
Eu terminei de ler exatamente quando o cara calou a boca e se afastou. Rômulo, nossa conversa ontem acabou às 00:15 da manhã de segunda. E fiquei até as 17:40 da tarde ruminando tudo. Quando eu parei de ler esse cara começou a se afastar. Toda nossa longa conversa e as mais de dezessete horas de ruminação passaram na minha cabeça como um raio durante os três ou quatro segundos em que o cara caminhou uns dez passos. Havia tanta energia em mim naquele momento que eu parecia que ia explodir. E agora? Eu tenho uma coisa pra dizer pra esse cara. Eu o deixo e fico aqui com minha vida ou digo pra esse cara tudo que ele está colaborando pra produzir na minha cabeça?
O fato é que não deu mais. Rômulo, Leo, toda a minha ruminação acabou no instante anterior ao momento em que eu disse: “Ei, cara, volta aqui um instante. Bicho, você tem idéia do que você acabou de me mostrar aqui? Você tem idéia do quanto você está se contradizendo? Tem idéia do quanto você é moralista? Tem idéia do quanto você está instigando um terror quando fala de vigilância constante? Tem idéia do quanto você é um terrorista?”. Ele tentou falar qualquer coisa e eu alterei meu tom de voz: “Cale a boca e me escute. Você é um irresponsável fazendo uma barbaridade dessas. Você vem me falar de tolerância, de paz e vem me dizer que há ‘frutos podres’ e que um deus vai ‘dizimar árvores que fazem frutos podres’. E o que é pior: vem dizer que um deus vai cobrar um tributo altíssimo, fazer uma prestação de contas, ‘agindo com plena justiça’ e vai usar pessoas como ‘instrumento de execução’. Cara, você tem idéia do quanto tuas idéias são baseadas em ódio? Você vem me falar em amor de deus e que esse amor vai virar um ódio por quem é diferente de você?”. “Mas é assim que diz a bíblia”, ele disse. “Cara, isso é ódio disfarçado de amor, você se dá conta disso? Me faça um favor: nunca mais na sua vida venha na porta da minha casa com um absurdo desses! E eu não tenho mais nada a dizer pra você”. Caminhei até a minha moto e fui à clínica.
Rômulo e Leo, meus amigos queridos, eu compreendo a impostura como uma jogada de xadrez legítima e me questionei o dia inteiro se talvez eu devesse reconsiderar algumas posturas minhas e pensei em naquele momento em dizer ao cara: “Certo, certo. É verdade”, e sair quietinho sem polemizar. Mas a ruminação acabou naquele momento e eu não quis ter outra escolha. Eu quis mostrar com muita clareza àquele cara de que maneira ele e seu folder estavam me afetando.
Agora, graças à nossa longa e maravilhosa conversa, graças ao tanto que eu me agarrei com os efeitos dela durante essas horas e graças ao testemunha de Jeová, as coisas estão muito mais claras: minha força, o que me faz mais íntegro, o que me move e por onde eu me movo está na minha escolha pela falta de impostura e desejo de expressão quando eu achar que é devido. Toda minha paixão pela vida, tudo que eu desejo e tudo que eu consegui construir para mim está exatamente nessa vontade intangível de dar forma a uma maneira viável de expressão do quanto as coisas me afetam. Acho que é como uma performance da afeta-ação. É lindo. E pra mim tem valido cada tentativa, cada instante, cada gota de suor e de paixão investidas nisso porque foi exatamente isso que trouxe dois caras como vocês pra perto de mim. É uma honra ter vocês na minha vida.
Seu colega de curso, irmão, oponente e – mais e antes que tudo – amigo,
Rafael Gomes
posted by Rafael Gomes at 6:11 AM
9 Comments:
Belo texto!
Pôxa!De fato caiu como uma luva para o que conversamos na quarta.E ao ler,a única coisa que me vem à cabeça é que,cada vez mais, estou represando minhas energias.E mais estou sim jogando o jogo!O jogo de vestir a máscara.E o que é pior para eu mesma.Mas essa leitura tbm me fez refletir sobre outra coisa que é:Posso ser sincera comigo.Dizer e expressar ao outro o quanto ele me afeta,porém,ter a consciência de que não preciso fazer nada.Só usar minha sinceridade.Sem julgamentos...De fato belo texto!
Meu caro, meu querido companheiro de luta e dança, é isso. Só não te esquece deste mantra: definitivamente talvez...
Ass: Rômulo
Não fique espantado! Jeová é um Deus paciente; mas a sua justiça sem dúvida será feita.
Confie na bíblia! Estude-a.
Abraço.
Esse 'folder' trata de uma das profecias bíblicas que irá se cumprir.
Oh, caceta... Eu mereço.
Ass.: o dono da porra desse blog.
Admiro a intimidade que você possui com as palavras ao expressar o que pensa e sente!
Apesar de ter aversão à impostura não posso negar que muitas vezes também entrei no jogo. Minhas "trocas de energia" com as pessoas que convivo são bem mais intensas quando não sou impostor.
Quanto à religião, especificamente a cristã, acredito que é mal compreendida pelas pessoas. Para mim Cristianismo é relacionamento e não práticas religiosas cheias de podes e não podes. Complicado para se explicar em poucas palavras... procuro viver Deus. Fé sem hipocrisia.
O texto original do panfleto é este:
UMA MENSAGEM PARA O MUNDO INTEIRO
O FIM DA
RELIGIÃO FALSA
ESTÁ PRÓXIMO!
O que é a religião falsa?
Como será o seu fim?
Como você será afetado?
Assunto relacionado:
Onde encontrar ensinamentos verdadeiros?
O que é a religião falsa? Você fica perturbado com os crimes cometidos em nome da religião? Fere seu senso de justiça saber de guerras, terrorismo e corrupção praticados pelos que afirmam servir a Deus? Por que a religião parece ser a causa de tantos problemas?
A culpa não é da religião em si, mas da religião falsa. Jesus Cristo, uma figura religiosa amplamente respeitada, indicou que a religião falsa produz obras más, assim como uma “árvore podre produz fruto imprestável”. (Mateus 7:15-17) Que frutos a religião falsa produz?
A religião falsa . . .
INTROMETE-SE NA GUERRA E NA POLÍTICA: “Não apenas na Ásia, mas em toda a parte”, diz a revista Asiaweek, “líderes sedentos de poder manipulam cinicamente os sentimentos religiosos das pessoas, visando seus próprios interesses”. Por isso, a revista alerta: “O mundo está à beira da loucura.” Um destacado líder religioso nos Estados Unidos declarou: “Para acabar com as matanças, só matando os terroristas.” Qual foi a solução proposta por ele? “Acabem com todos eles em nome do Senhor.” Em contraste com isso, a Bíblia diz: “Se alguém fizer a declaração: ‘Eu amo a Deus’, e ainda assim odiar o seu irmão, é mentiroso.” (1 João 4:20) Jesus até mesmo disse: “Continuai a amar os vossos inimigos.” (Mateus 5:44) Quantas religiões você conhece cujos membros participam em guerras?
DIVULGA DOUTRINAS FALSAS: A maioria das religiões ensina que a alma, ou o espírito, é uma parte invisível do homem que continua viva após a morte. Com essa doutrina, muitas religiões exploram seus membros, cobrando para rezar pela alma dos mortos. No entanto, a Bíblia ensina uma doutrina diferente. “A alma que pecar — ela é que morrerá.” (Ezequiel 18:4) “Os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada.” (Eclesiastes 9:5) Jesus ensinou que os mortos serão ressuscitados — algo desnecessário se o homem tivesse uma alma imortal. (João 11:11-25) Sua religião ensina que a alma não morre?
TOLERA O SEXO IMORAL: Em países ocidentais, grupos religiosos nomeiam gays e lésbicas como ministros em suas igrejas e pressionam o governo a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Até mesmo igrejas que condenam a imoralidade toleram líderes religiosos que abusaram sexualmente de crianças. Mas o que a Bíblia ensina? Ela diz de forma clara: “Não sejais desencaminhados. Nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem homens mantidos para propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com homens . . . herdarão o reino de Deus.” (1 Coríntios 6:9, 10) Conhece religiões que fazem vista grossa ao sexo imoral?
Qual é o futuro das religiões que produzem frutos podres? Jesus alertou: “Toda árvore que não produz fruto excelente é cortada e lançada no fogo.” (Mateus 7:19) Isso mesmo, a religião falsa será derrubada e destruída! Mas como e quando isso vai acontecer? Uma visão profética registrada no livro bíblico de Revelação (ou Apocalipse) capítulos 17 e 18 responde a essa pergunta.
A religião falsa exerce influência “sobre os reis da terra”
“Saí dela, povo meu”
Como sera o fim da religião falsa?
Imagine a cena: uma prostituta está montada numa fera assustadora. A fera tem sete cabeças e dez chifres. (Revelação 17:1-4) A quem a prostituta representa? Ela exerce influência “sobre os reis da terra”. Veste-se de púrpura, usa incenso e é extremamente rica. Além disso, ‘todas as nações são desencaminhadas’ pelas práticas espíritas dela. (Revelação 17:18; 18:12, 13, 23) A Bíblia nos ajuda a entender que essa prostituta é uma entidade religiosa mundial. Ela não representa uma religião específica, mas todas as religiões que produzem frutos podres.
A fera em que a prostituta está montada representa poderes políticos do mundo.* (Revelação 17:10-13) A religião falsa está montada nessa fera política, tentando influenciar suas decisões e controlar seu rumo.
Em breve, porém, acontecerá algo espantoso. “Os dez chifres que viste, e a fera, estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo.” (Revelação 17:16) Numa manobra repentina e chocante, poderes políticos do mundo se virarão contra a religião falsa e a destruirão completamente! O que desencadeará essa ação? O livro bíblico de Revelação responde: “Deus pôs nos seus corações executarem o pensamento dele.” (Revelação 17:17) Sim, Deus exigirá da religião falsa uma prestação de contas por todos os atos repugnantes que ela cometeu em Seu nome. Agindo com perfeita justiça, Deus usará os amantes políticos dela como seu instrumento de execução.
O que você deve fazer se não quiser ter o mesmo fim da religião falsa? “Saí dela, povo meu”, ordena o mensageiro de Deus. (Revelação 18:4) Realmente, agora é a hora de fugir da religião falsa! Mas fugir para onde? Não para o ateísmo, pois seu futuro também é tenebroso. (2 Tessalonicenses 1:6-9) O único refúgio é a religião verdadeira. Como você pode identificar a religião verdadeira?
Como identificar a religião verdadeira
Que frutos bons a religião verdadeira deve produzir? — Mateus 7:17.
A religião verdadeira . . .
DEMONSTRA AMOR: Os verdadeiros adoradores “não fazem parte do mundo”, não são divididos por raça ou cultura e demonstram ‘amor entre si’. (João 13:35; 17:16; Atos 10:34, 35) Em vez de matar uns aos outros, estão dispostos a morrer uns pelos outros. — 1 João 3:16
CONFIA NA PALAVRA DE DEUS: Em vez de ensinar ‘tradições’ e ‘mandamentos de homens como doutrinas’, a religião verdadeira baseia seus ensinamentos na Palavra de Deus, a Bíblia. (Mateus 15:6-9) Por quê? Porque “toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas”. — 2 Timóteo 3:16.
FORTALECE AS FAMÍLIAS E PROMOVE ELEVADOS PADRÕES DE MORAL: A religião verdadeira ensina os maridos a ‘amar a esposa como ao seu próprio corpo’, ajuda as esposas a desenvolver ‘profundo respeito pelo marido’ e instrui os filhos a ‘ser obedientes aos seus pais’. (Efésios 5:28, 33; 6:1) Além disso, os que ocupam cargos de responsabilidade têm de ter uma moral exemplar. — 1 Timóteo 3:1-10.
Será que alguma religião satisfaz esses critérios? O livro Holocaust Politics (A Política do Holocausto), publicado em 2001, diz: “Se mais pessoas praticassem basicamente o que as Testemunhas de Jeová pregam e praticam, o Holocausto poderia ter sido evitado, e o mundo nunca mais seria afligido pelo genocídio.”
É verdade, em 235 terras, as Testemunhas de Jeová não só pregam os padrões de moral da Bíblia, mas também vivem de acordo com eles. Nosso forte incentivo é que você peça a ajuda das Testemunhas de Jeová para aprender o que Deus exige de você, de modo que sua adoração seja aceitável a ele. Agora é o tempo de agir. Não espere mais. O fim da religião falsa está próximo! — Sofonias 2:2, 3.
em: http://www.watchtower.org/t/kn37/article_01.htm
O Homer(o daqui de casa mesmo)foi testemunha de Jeová por uns 20 anos...Hoje ele se converteu à minha mãe. Ele seguia o povo escolhido por Deus, hoje ele segue minha mãe...Antes ele se achava escolhido por Deus, hoje ele se acha escolhido pela minha mãe...Agora,parece até meio perverso,mas eu acho tão divertido assustar esse povo...Antes eu dizia que era Satanista, depois eu aprendi a conversar com eles como se estivesse querendo me converter, aí no final eu dizia que meu pai era um "disassociado"(tinha sido convidado a se retirar da congregação por ter desobedecido o pai Jeová)...Agora, "Old man"(Macho Véi) tu vive falando que eu compro brigas gratuitas e tu deu uma voadora no meio do peito e um roundhouse quick no pobre do cara que queria só te salvar e te ajudar e te dar uma chance de conseguir uma senha para o paraíso na Terra?
O legal são os testemunhas (anônimos)de Jeová que postam comentários aqui...Muito engraçado tudo isso...Diria que esse blog possui uma tons de um humor muito refinado em alguns pontos que só uma leitura dos subtextos e das "estrelinhas"(ops, entrelinhas) proporcionaria tamanho riso...Em português de Maracanaú:ieeeeeiiihhhh!
Abraço
Hilário
Ps-Homer não no sentido pejorativo, mas pq ele é tão engraçado imitando (sem querer) o Homer(tem até a poltrona )...
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